sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Planisfério Pessoal de Gonçalo Cadilhe


Deste autor já tinha lido os livros todos, com excepção deste e por uma razão, o dancing kid tinha-me dito que era o livro mais fraco dele. Pois bem, de todos foi o que mais gostei. Talvez por ter sido das primeiras viagens que fez (ao serviço do Expresso) nota-se um certo deslumbramento, uma sensação de novidade que nos outros já não senti tanto.

Se tivesse que os enumerar por preferência seria:

- Planisfério Pessoal, sem dúvida o que mais gostei;
- África Acima;
- A lua pode esperar;
- Nos passos de Magalhães, um estilo diferente.

Informação sobre o autor.

As Intermitências da Morte

"No dia seguinte ninguém morreu."


Decidi ler Saramago. Por motivos profissionais tive de fazer um levantamento da sua obra. Ao pegar nos inúmeros livros deparei-me com As Intermitências da Morte. Quando este livro saiu, em 2005, fiquei com imensa curiosidade de o ler, ouvi algumas pessoas falarem do que se tratava: “E se de repente deixassem de morrer pessoas…”

Nas primeiras páginas, parei para pensar na velha e polémica questão da pontuação, e até que ponto isso estava a afectar a minha leitura. Pois bem, de facto não me chateia nada, vejo Saramago como um artista e não um escritor, tudo lhe é permitido, as palavras são a matéria prima e a obra de arte o romance, com ou sem pontuação está no seu direito enquanto artista decidir o que fazer.

Adorei ler este livro apaixonei-me por Saramago, outra vez, além da critica social camuflada, fez-me pensar o quanto importante é a morte.

Por fim, vi neste livro uma história de amor magnífica.

É um livro para saborear, ler devagar, para pensar, fechá-lo muitas vezes e parar.

Vale a pena.

sábado, 11 de outubro de 2008

Uma cana de pesca para o meu avô de Gao Xingjian

Alguém me deve ter sugerido este livro pois estava na minha lista de livros a ler, contudo não tinha nenhuma referência sobre o que se tratava. Só quando lhe peguei é que percebi que se tratava de contos.

Não sei dizer se gostei ou não, uns contos são mais giros que outros… mas não sou especialmente fã deste género literário. Para mim o enredo tem de ter tamanho suficiente para me envolver na história, nos personagens, transportar-me para outra dimensão. Gosto de andar a pensar no livro, no que se vai passar a seguir, ficar triste ou contente, sentir nojo. Qualquer coisa, nos contos não chego a sentir nada, quando começo a envolver-me acaba, fico sempre com uma sensação de vazio.

É um livro para se ir lendo, um conto de vez em quando no intervalo de dois livros ou para descansar de outra leitura.